Blog

Metodologias Ágeis

Data do post: 22/05/2020 - Texto realizado algumas semanas atrás

Recentemente estava estudando sobre metodologias ágeis, afinal na maioria das vagas requeridas atualmente há alguma citação, em alguns casos até para profissões não voltadas diretamente com TI ou desenvolvimento. É uma tendência ser exigida e estudada nas mais diversas áreas, analisando vagas e oportunidades de emprego e comparando ao longo dos períodos.
Neste meio tempo eu lembrei do Professor Gobitta que tive na faculdade que ele era contra essas metodologias e gostava mesmo do bom e velho UML com todos os seus diagramas e casos de uso e a metodologia Lean ou Toyotista para alguns. Infelizmente nas minhas experiências profissionais eu nunca trabalhei com algum método de metodologia ágil, sempre foi muita rotina, pegue e faça ou resolva e ponto.

De certo modo eu tinha algum preconceito também com essas metodologias para gerenciamento de projetos e tinha um apreço para projeto lineares, talvez pela minha admiração pelo professor e toda sua experiência. E o método como executamos as coisas, ficamos muitas vezes presos a uma única resposta. Afinal vivemos em um modelo industrializado, então é natural que sejamos assim.

Quando você está buscando uma recolocação, começamos ver aquilo que é de fato exigido, então ao analisar comecei a busca mais sobre Scrum e todas as suas familiaridades, junto com isso aprendi além do conceitos básicos do Scrum , também sobre o KanBan que é uma outra técnica de organização para desenvolvimento. Essa percepção me fez abrir horizontes para outras coisas e o fato da importância de estarmos com uma mente aberta.

Existem muitos casos e com sucesso de desenvolvimento que utilizam metodologias como Scrum por exemplo , aplicações de bancos , mídias de streaming e etc. Lendo, assistindo aulas e vídeos relacionados ao assunto mais a experiência que eu tive nesse tempo entre trabalho e faculdade, a conclusão que eu chego é simples sobre essas metodologias e mais simplista possível é:

- Depende e é relativo. Meio cafona rs, mas vou explicar minha opinião, eu acho que tudo vai variar com o que você está desenvolvendo, com momento, com as pessoas que estão ao seu redor e um processo financeiro embutido. Aplicar um Scrum de fato , não é fácil em muitas conjunturas a necessidade de vários enquadramentos e retornos que a metodologia talvez não seja capaz de te dar, a conjuntura do momento e as pessoas são os principais componentes , nem sempre Product Owner ou Head é bom ter nas equipes , eles aumentam muitas vezes a pressão pelo tempo e resultado, será que todos do departamento sabem trabalhar com pressão , a relação do momento será que é hora de aplicar alguma metodologia, assim como um processo linear também muitas vezes é horrível e catastrófico , cansa te leva a desistência . Ou seja, depende, penso hoje que o Professor não estava errado, más também não estava certo, essa uma questão complexa e tema de muitas dissertações (que não é o objetivo aqui).

Em alguns lugares que você precisa de resultado médio e longo, acredito que devemos aplicar alguma metodologia ágil desde que haja uma boa estrutura que comporte, com pessoas e hierarquias capacitadas. Em curto prazo aquele tipo de situação que você precisa apagar fogo, com todo respeito, esquece metodologia tende a dar errado.

Os dois lados dão resultados, mas objeto de negócio muda e nem sempre o que funciona uma vez vai funcionar outra. O que acho que não resta dúvida é a importância de aprendermos ao longo de qualquer processo ou Sprint.

Palmeiras vs Vasco – Mercosul 2000 – Descobri que ainda não superei

Data do post: 17/04/2020

Essa final foi muito dolorosa para muitos palmeirenses, em síntese para quem não sabe vou contextualizar, Palmeiras havia sido campeão em 98 da Copa Mercosul (atual Copa Sul Americana) e vice em 99 contra o Flamengo. O que marca nessa edição de 2000 é o fato do Palmeiras ter terminado o primeiro tempo do jogo com 3 x 0 no placar e terminar fatidicamente 4 x 3 para o Vasco. Ou seja, quatro gols no segundo tempo, culminando no título ao Vasco da Gama.

O Vasco tinha um senhor time, Romario , Juninho’s , Euller , Jr Baiano ... uma serie de cracks , inclusive aquele time se sagraria campeão brasileiro e marcou gerações por ser um time de seleção brasileira , muito competitivo. Perder para um time desses, não nenhum demérito, mesmo por que o time do Palmeiras na época era competitivo, mas longe de ser aquele esquadrão de alguns anos atrás.

O complicado foi a virada com a ilusão de virar o campeão no primeiro tempo, para vice melancolicamente no final do jogo. Até ai você pode estar pensando que é o mesmo “choro ro “, mas ai que o meu drama começa.

Ao final da partida fiquei muito triste, revoltado e sem conseguir entender. Minha mãe ao ver aquela cena, já foi direto ao ponto e me disse:
- Olha, enquanto você fica ai chorando, os jogadores estão saindo com seus carrões e não estão nem ai para você.

Aquilo foi um baque e uma retomada na consciência, talvez ela esteja com a razão e fez até sentido por que no Jornal mais tarde mostrou os jogadores saindo com seus carrões e logo a contestação do fato. O tempo passou e de lá vieram novos sentimentos, alegrias e decepções, como é a vida.

A questão voltou por conta dessa época de pandemia do Covid-19 , os canais televisivos estão recapitulando esses jogos do passado , só que com entrevistas dos jogadores e no caso especifico um relato do Romário e Juninho Pernambucano sobre aquela partida. Por algum tempo cai em breve esquecimento ou nosso cérebro nos ludibria a não lembrar, não do jogo, más do sentimento de derrota, de incapacidade comportamental, raiva e angustia.
Neste momento onde a mídia só fala sobre Covid -19 , mortes , colapsos econômicos e políticos. O que é relacionado ao que é diferente disso nos chama atenção, neste caso essa partida. E com isso gerar esse mix de sentimentos sobre a conjuntura atual com esses traumas do passado.

Confesso a vocês que me veio tudo isso na cabeça porem com pensamento enviesado sobre o que é futebol e do que não é somente um jogo. Ganhamos maturidade para comprovar tal fato e apontar que, olha não é bem assim e uma derrota em uma partida de futebol pode te deixar triste e é normal. O que vale é o espirito de continuar e tentar ser melhor no seu tempo.

Aqueles jogadores daquela partida não jogam mais, mas as instituições ainda existem e os torcedores, jogadores e imprensa ainda citam esse jogo. Nesse meio tempo muitos fatos me mostraram que futebol não é apenas um jogo, há sentimento, razoes e uma faixa de possibilidades que permitem perder depois de estar ganhando por 3 a 0.

Acho que ainda sim posso me angustiar ao lembrar, de não querer ver e ter dificuldade em escrever.

Neste meio tempo tentamos ganhar e não vamos deixar o coronavírus ser o Vasco (com máximo respeito a instituição) e virar o jogo. Por um lado , acho valido o Vasco ter ganho aquele jogo , o que vale é a vontade , o esforço , a esperança , o talento , fazer por onde e analisar sob outra perspectiva.